Presságio
Te perdi no momento que me encontrei,
E me perdi quando achei te encontrar.
Olhei para seus olhos e eles fugiram de mim,
Depois olhei para suas mãos e pareciam querer encerrar o assunto.
Estava tão nervoso com a conversa,
Me pergunto se em sua cabeça realmente já estava tudo acabado.
Acho que para sermos sinceros isso nem tinha começado,
Um onirismo epifânico das minhas ausências e atrasos.
O que me doeu de verdade foi o sentimento de culpa,
Culpa de achar que estava tentando me encaixar,
De me sentir forçando as portas da sua vida,
Sentindo arrebentar as fechaduras,
Estragar as molduras,
E perder a chave.
Seu rosto começou a suar,
Juro que não entendi.
Parecia que estava te obrigando a ficar,
Quando para mim era claro seu desejo em partir.
O adeus que lhe dei ecoa até hoje,
Sinto sua falta nos pequenos detalhes.
Você ocupava meu dia,
Você me dava coragem.
Me culpo por sua partida,
Sinto falta do calor da sua pele quando estava com medo.
Repito, e repito todas as vezes nosso último adeus,
E o que me dá mais medo não é ter lhe perdido,
É imaginar que nunca lhe tive.
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