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Foto do escritorMateus

Ferida

Cru e visceral foi o corte

Da navalha afiada,

Enferrujada e cega,

Penetrando minha carne.

 

Chorei sem te encarar,

Para que não me visse

Como fraco.

 

O sangue escorreu

Através de cada dedo,

Alcançando o chão de terra

Areia, cascalhos e você.

 

Pedi que me ajudasse,

Inconscientemente.

 

Sempre quis ser o teu

Refúgio.

Nunca o vi como meu

Abrigo.

 

A você somente dado,

Para você apenas foi oferecido.

 

Segurou a minha mão,

Senti o seu

Descaso.

 

Se lhe parasse um pedinte,

Pedindo alguns trocados,

Teria segurado,

Sua mão com mais

Afeto.

 

 

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