Ferida
Cru e visceral foi o corte
Da navalha afiada,
Enferrujada e cega,
Penetrando minha carne.
Chorei sem te encarar,
Para que não me visse
Como fraco.
O sangue escorreu
Através de cada dedo,
Alcançando o chão de terra
Areia, cascalhos e você.
Pedi que me ajudasse,
Inconscientemente.
Sempre quis ser o teu
Refúgio.
Nunca o vi como meu
Abrigo.
A você somente dado,
Para você apenas foi oferecido.
Segurou a minha mão,
Senti o seu
Descaso.
Se lhe parasse um pedinte,
Pedindo alguns trocados,
Teria segurado,
Sua mão com mais
Afeto.
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